Prezados Trabalhadores de Furnas e Eletronuclear!
Nesta semana passada, iniciada no dia 20 de maio de 2024, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Parati e Angra dos Reis – STIEPAR participou de inúmeros eventos de interesses dos Trabalhadores da Base Angra dos Reis/Parati.
Audiência de Conciliação TST!
No dia 21 de maio de 2024, aconteceu a Audiência de Conciliação em face do Dissídio Coletivo demandado ao Tribunal Superior do Trabalho – TST, versando sobre o Índice de Inflação do período 1 de maio de 2020 à 30 de abril de 2021 – 6,76%, tendo como autor o STIEPAR com a Concordância da Eletronuclear S.A. Sendo esta Audiência acompanhada por vídeo pelo Sindicato e Trabalhadores da Base Angra dos Reis.
Após às apresentações de praxe, a Juíza que conduziu a audiência, Drª Roberta de Melo Carvalho, perguntou ao advogado da empresa qual seria a resposta da Empresa em relação da proposta feita pelos Trabalhadores da Base Angra, em relação aos 6,76% devidos pela Empresa.
O Jurídico da Empresa se manifestou, dizendo simplesmente que: “A Empresa não aceita o proposto pelo Sindicato, em Audiência anterior, e não apresenta qualquer contraproposta, optando para que o TST decida”.
Anexo a este Informativo, o Sindicato publica a ATA desta Audiência.
Reunião ACT Furnas ELETROBRAS!
Ainda neste dia 21 de maio de 2024, o STIEPAR enviou dois Diretores para, em caráter presencial, participar junto ao CNE, de Reunião de ACT de FURNAS com a Eletrobras, que aconteceu no Rio de Janeiro.
Como é de conhecimento geral, a privatização da Eletrobras destruiu literalmente as Empresa coligadas a holding, em especial para nós, Furnas, que sempre foi e continua, mesmo sendo atacada pelos privatistas, um marco na Geração e Transmissão de Energia Elétrica em nosso País.
Basicamente o encaminhamento feito pela Eletrobras se resume na retirada de Benefícios, inclusive com REDUÇÃO DE SALÁRIOS!
Anexo a este Informativo, o Sindicato publica Informativo do CNE, em razão desta reunião.
ACT ELETRONUCLEAR 2024/2026!
No dia 23 de maio de 2024, aconteceu a reunião de Acordo Coletivo Eletronuclear 2024/2026. Foi uma reunião de “apresentação” em que a Empresa mostrou como cartão de visita a famigerada CGPAR 52. Seguindo recomendação do STIEPAR, a Empresa em paralelo ao ACT, negociará por meio de reuniões pontuais com os Sindicatos itens mais relevantes para que as negociações fluam com mais celeridade. Baseado neste Escopo, já estão programadas as seguintes reuniões:
03/06/2024 – Banco de Horas e IN 24.11
10/06/2024 – Participação nos Lucros e Resultados – PLR
27/06/2024 – Programa de Demissão Voluntária – PDV
O STIEPAR solicitou que a Empresa viabilize a antecipação imediata do índice de reajuste relativo ao IPCA Pleno no período de 1 de maio de 2023 à 30 de abril de 2024, que é igual a 3,69%. O restante das cláusulas constantes na Proposta de ACT dos Trabalhadores seriam negociadas conforme já estabelecido no 1º parágrafo deste Tema.
Reunião com o MME Ministério das Minas e Energia!
Após reunião com a Empresa, isto às 16:30h ainda no dia 23 de maio de 2024, o STIEPAR se reuniu com o Secretariado Executivo do Ministério das Minas e Energia. O Secretário-Executivo Adjunto, e o Secretário Nacional de Energia Elétrica, além de outros membros do staff do Ministério, atenderam a solicitação do STIEPAR para uma reunião através vídeo, para tratar de assuntos ligados ao tema “Situação Financeira da Eletronuclear e seus Impactos!”.
O ato foi aberto pelo Secretário-Adjunto, Sr. Fernando Colli, que deu boas vindas ao Sindicato, afirmando que as portas do Ministério estão abertas para o STIEPAR, com objetivo de troca de informações, em especial do Sindicato para o Ministério. O Secretário teceu alguns comentários sobre às Usinas Nucleares, mostrando ter conhecimento sobre o assunto. O sentimento do Sindicato se revelou, pelos temas tocados pelo MME, que se basearam em “prováveis” informações passadas pela Empresa. Sendo que a realidade na nossa visão não coaduna com a visão da Empresa.
Em seguida o Secretário deu a palavra ao Sindicato, que fez colocações abalizadas sobre a atual situação, não só das Usinas, mas também da Empresa como um todo, de acordo com o que é passado para os Trabalhadores pela atual gestão.
O Sindicato teve o cuidado de escolher temas que estão em evidência no dia a dia da empresa e que interferem na saúde financeira, segurança e principalmente nas vidas dos Empregados da Eletronuclear. Os Diretores do STIEPAR de maneira condensada, colocaram os assuntos previamente estudados.
a) Fuga de capital humano: O STIEPAR colocou para o MME, que devido a situação da Empresa, inúmeros profissionais com grande potencial técnico e produtivo procuram opções de mercado, desmistificando a famosa “bandeira” de que os Trabalhadores que viessem para Angra teriam moradia, bom ambiente de trabalho e estabilidade. O Sindicato colocou que recém contratados com 1, 2 meses de Empresa estão pedindo demissão;
b) Falta de transparência no processo de terceirização de serviços: A Empresa não apresenta procedimentos confiáveis nos processos de retirada de Empregados concursados da ETN de postos chaves e colocação de Trabalhadores terceirizados, que em muitas situações não apresentam condições mínimas para assumir as funções disponibilizadas, acarretando a precarização de mão de obra;
c) Baixos Salários para profissionais altamente qualificados e raros no mercado: O Sindicato colocou como referências o tempo e investimento que a Empresa utiliza para formação dos profissionais que trabalham na CNAAA. Lembrou que a Empresa investe, mas não com objetivos claros, pois o material humano não é reconhecido e muitas vezes “guardado” como mercadoria, tendo como agravante remunerações pífias;
d) Pressão psicológica com indicativos de reduções de Benefícios: A Empresa arrisca suas fichas na redução de Benefícios já consolidados, praticando a “teoria Kamikaze”, qual seja a ideia de que tudo deve desaparecer – “o navio inimigo, o avião e o seu piloto” “Kamikaze” e que a Empresa, tal qual a Fênix ressurgirá das cinzas!
e) Atitudes imediatas e efetivas devem ser o norte da Empresa: O STIEPAR colocou para o Ministério, que a Extensão de Vida de Angra I e a Construção de Angra III, são os dois elos cruciais para manutenção da corrente que sustenta a Empresa, em especial a sobrevida de Angra I. O Sindicato colocou que a Empresa na verdade não se preparou para este evento, pois está agora passando o pires para efetivar esta extensão. O STIEPAR colocou também que na visão dos Trabalhadores, Angra III deve ser uma “Obra de Estado” e não bancada pela Empresa.